.webp)
Você sabe o que é o amor? À primeira vista, essa parece uma pergunta fácil de se responder. Mas ao refletir de forma mais atenta, podemos observar que se trata de um tema complexo (não à toa, tão importante). O amor é um afeto/sentimento/ experiência que permeia a vida de todos nós, sendo discutido e estudado a séculos.
Neste artigo, vamos percorrer diferentes perspectivas - da neurociência à psicanálise, da filosofia à sociologia - para compreender o que é o amor, por que amamos, como escolhemos nossos vínculos e de que maneira o amor se transforma na contemporaneidade.
O artigo abordará os seguintes tópicos:
O que é o amor?
Do ponto de vista da neurobiologia, o amor é uma resposta emocional e motivacional, inconsciente e automática, ligada à ativação de sistemas cerebrais voltados à aproximação, ao prazer e à formação de vínculos.
Mas será que é possível “cravar” uma definição universal para o amor?
A profa. Ana Carolina Souza, doutora em ciências pela UFRJ, lembra que as diferentes formas de amor têm suas particularidades, mas aponta que é possível observar coincidências nas respostas emocionais e organizá-las para entender o que há em comum quando falamos de amor.
Por exemplo: sabe aquela sensação inebriante do apaixonamento, em que você não para de pensar um segundo sequer na pessoa amada? Hoje, por meio de pesquisas, a neurociência consegue explicar que esse comportamento ocorre por conta da liberação da dopamina, um neurotransmissor associado à busca pelo prazer.
A experiência com a pessoa é tão prazerosa, que o seu cérebro a conecta com o prazer que foi sentido a ponto de, só de olhar para a foto do amado(a), já obter uma resposta dopaminérgica.
No entanto, sabemos que compreender ou definir o amor somente pelo ponto de vista biológico é algo insuficiente para dar conta de sua complexidade.
Como bem aponta o professor e psicanalista Christian Dunker, o amor é indissociável das formas de falar sobre ele. Para o professor, o amor é algo que se produz pela forma como falamos do amor, seja na literatura, artes, cinema, teatro e narrativas biográficas. “Tudo o que na nossa história falou sobre o amor, ao mesmo tempo inventou o amor.”
O professor e filósofo Renato Noguera, inspirado pelos mitos e ensinamentos da filosofia de Orunmilá, define o amor como um afeto catalisador de bem-estar. Ou seja, a experiência amorosa está relacionada à harmonia (axé), se tornando preponderante em relação aos outros afetos e promovendo o equilíbrio.
Diariamente somos bombardeados por músicas que falam de amores correspondidos, não correspondidos, traições, filmes com finais felizes (e outros nem tanto), além de diversas declarações públicas apaixonadas nas redes sociais.
Seja o amor romântico, o amor ágape, ou qualquer outra denominação, a temática do amor tem grande influência na vida das pessoas.
Mas, por que será que o amor é tão importante e, afinal de contas, por que cargas d’água nós amamos? A seguir, continuaremos nossa reflexão sobre o que é o amor utilizando conceitos da filosofia, psicanálise e neurociência.
Para o filósofo Santo Agostinho, o amor ágape não é o amor do desejo nem o amor da posse, mas um amor desinteressado, altruísta e orientado para o todo. Trata-se do amor que não toma o outro como meio para satisfação pessoal, mas como finalidade em si. Nesse sentido, o amor ágape se manifesta quando o amor a Deus se realiza no amor às suas criaturas: ama-se o Criador ao amar cada ser criado.

Por que e como nós amamos?
Para Sigmund Freud, nós amamos porque somos fundamentalmente desamparados. Portanto, o amor estaria intimamente ligado à solidão e à falta. Como afirma a psicanalista Ana Suy, o “amor é movimento em busca de uma completude que nunca se dá por completo”.
Imagino que essa não era a resposta romântica que você esperava. Agora você pode se perguntar: como assim, nascemos desamparados?
Diferentemente de outros animais que já nascem andando e se alimentando de forma independente, os seres humanos precisam de uma figura cuidadora para alimentar e proteger para que consigam sobreviver no início da vida.
Do ponto de vista da neurociência, a profa. Ana Carolina Souza afirma que nós somos animais sociais e, para nós, pertencer é fundamental. Como já foi provado em pesquisas, a formação de vínculo influencia diretamente na saúde e bem-estar físico das pessoas.
Segundo Freud, o momento de mais extrema felicidade de nossas vidas se dá quando o bebê tem fome e a mãe (ou figura cuidadora) oferece o seio e o alimenta.
Este momento fica registrado como uma espécie de memória do prazer obtido, de forma que automaticamente é construída a fantasia de que existe alguém que o completa. Essas situações de desamparo vão se repetir diversas vezes durante a vida.
Na visão da psicanálise, o amor é uma fantasia. Não no sentido de ser uma mentira, mas de uma condição para a realidade, o que configura perspectivas diferentes para cada pessoa em relação ao amor.
Como comenta o prof. e psicanalista Ricardo Salztrager, a partir das situações mais diversas como traições, decepções ou concorrência no trabalho, “automaticamente começamos a fantasiar com alguém que cabe em nossos sonhos. É essa fantasia de completude que move grande parte da nossa vida amorosa e que só faz sentido a partir da ideia de que há um desamparo primordial marcando a nossa vida. “
Falando na noção de completude, talvez isso te faça remeter a alguns termos comuns como “alma gêmea” ou “metade da laranja”. A explicação para essa noção tão difundida no mundo ocidental tem origem na filosofia, através de um mito contido da obra “O Banquete”, de Platão. Te convido a conhecer um pouco melhor sobre este mito abaixo.

O banquete: O mito da alma gêmea e o amor platônico
Na Grécia antiga, era comum que se promovessem simpósios onde homens se reuniam para comer, beber e discutir temas diversos. Em um destes encontros, Sócrates fora convidado para um banquete na casa de Agatão.
Para este encontro, o tema proposto para a discussão era exatamente o amor.
“O Banquete”, de Platão, discípulo de Sócrates, é uma das obras mais importantes da filosofia. A partir dela, poderemos nos debruçar brevemente sobre os conceitos de “alma gêmea” e “amor platônico”, como veremos a seguir:
O mito do andrógino e a origem da alma gêmea
Dentre diversos discursos e contribuições expostos no banquete, eis que Aristófanes, um dramaturgo, pede a palavra e propõe uma das ideias mais peculiares e originais sobre o amor: o mito do andrógino.
Ele começa o discurso dizendo que os andróginos eram seres perfeitos, de natureza esférica, que viviam em uma felicidade plena. Segundo o mito, o andrógino era uma criatura que tinha quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, sendo homem e mulher ao mesmo tempo. Era, portanto, uma criatura completa em si.
Tamanha perfeição despertou a ira de Zeus que, invejoso da felicidade dos andróginos, enviou um raio que dividiu todos ao meio. Com isso, a figura que representava a unidade e completude foi dividida em duas partes.
A partir da força do trovão, os pedaços dos andróginos foram espalhados pelo mundo e, desta forma, cada parte ficou condenada eternamente a buscar a sua outra metade.
Esse mito, portanto, é o grande responsável pela ideia de alma gêmea que perpetua a nossa cultura a séculos.
A visão de Sócrates sobre o amor (e a ideia de amor platônico)Na obra “O Banquete”, também é registrado o discurso de Sócrates sobre o amor. O filósofo evoca o pensamento de Diotima de Mantineia, sua principal mestra no tema do amor, em que diz que o amor é o desejo de perpetuação no belo.
O belo, neste contexto, não se coloca no sentido meramente estético, mas, sobretudo, no amor pela idealização do belo.
O belo, neste sentido, pode ser compreendido como sinônimo da verdade, enquanto o amor ao belo é o amor à verdade, algo puro, que não pode existir em um mundo corruptível. Este amor que não se revela pela concretude da coisa, mas pelo amor em essência, é aquilo que conhecemos como amor platônico.
Como aponta o prof. Luis Mauro Sá Martino, “o amor platônico é aquele que existe, é forte, é intenso, mas não se realiza. Porque, se ele sair desse mundo das ideias e vier para o mundo real, ele perde o seu encanto.”
Agora que já refletimos um pouco mais a noção de incompletude que marca a nossa existência, é possível entender um pouco melhor sobre o que pauta as nossas escolhas amorosas.
Qual a diferença entre amor e paixão?
Todo mundo já ouviu a expressão “paixão avassaladora”. Como lembra o prof. Christian Dunker, no curso a Arte de Amar, o sujeito perde até o juízo e se entrega como um vassalo para o “rei” ou “rainha” do seu coração.
Segundo aponta a psicanalista Ana Suy, o auge do apaixonamento, as fronteiras entre o eu se confundem com o outro. “Na paixão, a gente se apaixona, sobretudo, pela nossa imagem completa”.
O que sabemos é que a paixão não dura para sempre. Alguns estudos apontam que a “durabilidade” do apaixonamento transite entre algo como 12 a 24 meses.
Quando estamos apaixonados, os níveis de dopamina estão elevados, reduzindo os níveis de serotonina, o que favorece o padrão semi-obsessivo no qual você pensa compulsivamente na pessoa amada.
Além disso, existe um aumento dos níveis noradrenalina ou norepinefrina, o que ajuda a entender por que as pessoas ficam tão agitadas, empolgadas, em um estado de excitação que faz com que alguns até percam a fome e o sono.
Com o passar do tempo, os níveis vão se reequilibrando, alterando os comportamentos, e entram em cena outras moléculas como a beta-endorfina, relacionada a um amor mais duradouro, além da ocitocina, conhecida como o hormônio do amor.
Como destaca Ana Suy, o amor precisa da paixão para sobreviver. No entanto, diferente da paixão, não há amor repetido. “Na experiência amorosa, há a descoberta de um novo eu, novos desafios, novas alegrias e algo que nunca se repetirá. “
Por que nos apaixonamos?
Segundo o prof. Ricardo Salztrager, à luz das ideias de Freud, nos apaixonamos de acordo com 6 critérios. Portanto, nos apaixonamos por:
- alguém que me alimenta
- alguém que me proteja
- alguém que faça parte de mim
- alguém que é alguma coisa que já fui
- alguém que é alguma coisa que eu sou
- alguém que é alguma coisa que eu gostaria de ser
Essas concepções estão diretamente ligadas aos conceitos de complexo de édipo e narcisismo, desenvolvidos por Freud em suas obras.
Como amar nos dias de hoje?
Para uma primeira recomendação, ao menos na perspectiva psicanalítica, esqueça a ideia de que primeiro você precisa se amar para só então amar o outro. Como aponta a psicanalista Ana Suy, essa idealização pode funcionar como uma armadilha, pois “nos faz acreditar que podemos nos separar completamente do outro, superar traumas ou dores, e então iniciar um novo ciclo de amor.”
É comum ver pessoas que decidem focar na carreira, na rotina e em hábitos saudáveis por cultivar um discurso amplamente difundido atualmente, onde centra-se todas as atenções no amor próprio e autodesenvolvimento como uma forma de proteção. A máxima levada por muitos é a de que “enquanto você não se amar, ninguém vai te amar”.
No entanto, essa busca incessante por perfeição no trabalho, na aparência, em relações familiares, entre tantas outras exigências, está gerando um movimento de auto-opressão, angústia e ansiedade.
Segundo a psicanalista Carol Tilkian, nós estamos sempre buscando um ideal de nós mesmos, como se tivéssemos que trilhar essa jornada sozinhos, porém, “nós precisamos dos olhos dos outros para entendermos a nós mesmos e precisamos dos outros para voltar a nos amar e nos enxergar de outras formas”.
Poliamor e as novas formas de amar
O número de divórcios vêm aumentando ao longo das décadas, escancarando um descrédito no amor romântico. Isso indica um caminho para novas formas não monogâmicas, como o exemplo do poliamor.
Segundo a prof. Tatiana Amendola, doutora em ciências sociais pela Unicamp, os relacionamentos abertos surgem como uma resposta social a um sintoma de que algo anda errado nos casamentos em que se perpetua a ideia de posse. Ela lembra que “um relacionamento aberto abre o contrato, ele não fecha o contrato. Abre para brechas e fala: você não é minha posse, você não é mercadoria.”
Para o filósofo Renato Noguera, é importante compreender que o nosso desejo não é o desejo do outro. Por isso, é preciso criar uma espécie de aliança com as pessoas que amamos, promovendo uma ética de intimidade, onde não buscamos controlar o desejo da pessoa amada.
No caso do poliamor, por exemplo, esses preceitos foram elaborados em uma espécie de cartilha, onde elenca-se os 12 pilares do poliamor. São eles:
- Compersão
- Autenticidade
- Escolha
- Transparência
- Confiança
- Igualdade de gênero
- Honestidade
- Comunicação Aberta
- Não possessividade
- Caráter consensual da relação
- Aceitar a autodeterminação
- Positividade Sexual (Liberdade Sexual)
No poliamor, então, não há lugar para o sentimento de posse, como ciúmes. Nesta forma de amar, se pautada por uma ética da intimidade, é possível promover uma zona de conforto afetiva.
Renato Noguera lembra que é um erro querer encontrar um formato único e invariável de relacionamento no mundo contemporâneo. Ele aponta que o mais importante é começar pelo autoconhecimento, onde é possível compreender o próprio desejo e funcionamento afetivo de cada um.
Como bem pontua Christian Dunker, um equívoco comum é tentar abrir um relacionamento no momento de fragilidade. “O melhor momento para abrir uma relação não é quando o casal está mal, mas quando está bem”.
Amor líquido e a era das redes sociais
Amor líquido é um conceito desenvolvido pelo sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman, onde ele discorre sobre a fragilidade dos laços humanos em uma sociedade em que os vínculos se formam e se desfazem com grande facilidade.
Nesta perspectiva, na modernidade líquida, os relacionamentos são feitos para não durar. O amor passa a funcionar como uma relação de consumo: o outro é experimentado, desfrutado e descartado quando já não satisfaz. Todo mundo que já usou ou ouvir falar de aplicativos de relacionamentos como o Tinder sabe bem como é isso, não é mesmo? As pessoas são arrastadas na tela como mercadorias dispostas em uma prateleira de supermercado.
Como comenta o prof. Luis Mauro Sá Martino, no amor líquido há uma dificuldade estrutural de confiança, porque não se sabe a natureza do vínculo nem o tempo desse vínculo.
É claro que devemos celebrar o fato de que, hoje, as pessoas têm mais liberdade para romper relacionamentos tóxicos. Em outra época (e, claro, estamos falando especialmente das mulheres), as pessoas acabavam sustentando relacionamentos ruins exatamente pelo medo da questão social. Era fácil dizerem que uma mulher desquitada ficaria mal-falada.
Porém, um ponto importante de se ressaltar em relação à modernidade líquida, é sobre a dificuldade de se formar vínculos. Sabe aquela pessoa que o amigo ou amiga leva para o bar, mas na hora de apresentar ninguém sabe se é ficante, namorado, marido, esposa ou qualquer outra denominação possível?
Segundo aponta o prof. Luis Mauro Sá Martino, “a definição de uma relação - ou a ausência dela - pode ser um fator gerador de angústia. A facilidade de se conectar não implica a facilidade de lidar com os próprios sentimentos.”
Essa liquidez dos laços humanos, leva a uma falta de confiança no outro, gerando uma falta de comunidade. Os vínculos líquidos da sociedade moderna nos afetam porque acabam com qualquer perspectiva de compromisso.
Bauman vai dizer que uma relação de comunidade é uma relação onde se cria o elemento comum a partir do qual as pessoas podem construir alguma coisa. O prof. Luis Mauro Sá Martino afirma que não dá para construir nada mais duradouro onde você tem uma relação líquida constante. “O que faz a comunidade andar é o vínculo de reciprocidade que cada membro tem em relação a todos os outros”.
Basta lembrar que tratamos no início do artigo. Somos animais sociais, e pertencer é fundamental. E o amor é catalisador de bem-estar.
Como Christian Dunker declara no curso “A Arte de Amar”: “O amor nos faz dirigir ao saber. E o saber nos faz amar melhor e nos torna pessoas melhores.”
Nos debruçamos sobre o amor a partir de várias perspectivas. Discutida a séculos, é possível entender que ela nunca terá uma conclusão. Sabemos, porém, que ela é necessariamente poderosa e importante para a vida de todos. Espero que este texto tenha lhe ajudado a refletir e a ressignificar a forma como você enxerga e lida com o amor em sua vida.
Perguntas frequentes sobre o que é o amor
O que é o amor?
O amor é um afeto complexo que pode ser compreendido a partir de diferentes perspectivas, como a neurociência, a psicanálise, a filosofia e a sociologia. Do ponto de vista neurobiológico, trata-se de uma resposta emocional e motivacional ligada à formação de vínculos, ao prazer e à aproximação, mas sua compreensão não se esgota no plano biológico.
Por que nós amamos?
Segundo a psicanálise, nós amamos porque somos fundamentalmente desamparados. O amor está ligado à solidão, à falta e à busca por pertencimento. Como afirma Freud, a experiência amorosa se relaciona à tentativa de reencontrar uma sensação primordial de prazer e completude vivida na primeira relação com a figura cuidadora.
Qual a diferença entre amor e paixão?
A paixão é caracterizada por um estado intenso e passageiro, marcado por altos níveis de dopamina, excitação e idealização do outro. Já o amor envolve um vínculo mais duradouro, que se constrói ao longo do tempo, com a participação de outras substâncias como a ocitocina e a beta-endorfina, relacionadas à estabilidade e ao cuidado.
O que é amor ágape?
Para Santo Agostinho, o amor ágape é um amor desinteressado, altruísta e orientado para o todo. Diferente do amor do desejo ou da posse, ele se manifesta quando o amor a Deus se realiza no amor às criaturas, tratando o outro como finalidade em si.
O que é amor líquido?
O amor líquido é um conceito desenvolvido por Zygmunt Bauman para descrever a fragilidade dos vínculos na modernidade. Nesse contexto, os relacionamentos se formam e se desfazem com facilidade, funcionando como relações de consumo, marcadas por uma dificuldade estrutural de confiança no outro e, por consequência, gerando uma falta de comunidade.
É possível amar nos dias de hoje?
Amar nos dias de hoje exige reconhecer a própria vulnerabilidade e compreender que o amor não se constrói de forma isolada. Segundo a psicanálise, o vínculo com o outro é fundamental para o autoconhecimento, para o cuidado de si e para a construção de relações mais éticas e conscientes.

Referências:
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/199/a-arte-de-amar
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/287/amor-e-solidao-uma-psicanalise-das-conexes-humanas
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/544/freud-e-o-amor-entendendo-nossas-escolhas-e-paixes
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/221/por-que-e-como-amamos
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/172/qual-e-o-sentido-da-vida
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/318/jornada-da-filosofia-o-que-e-o-amor
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/460/como-fazer-o-amor-ser-possivel-hoje
https://curadoria.casadosaber.com.br/cursos/395/amor-uma-visao-da-sociologia





